quarta-feira, 7 de maio de 2008
O tempo parece que passa mais rápido. Quando somos crianças não temos essa impressão. Temos todo o tempo do mundo. Hoje esse tempo parece perdido.
O que é esse passar de horas, dias, semanas, que se tornam longos períodos a relembrar de um dia que há muito já passou? O que é essa angústia que semeamos e colhemos como se fosse uma vã esperança de um dia que talvez já não mais renasça?
Será que estamos tentando aproveitar esse dia com um breve sorriso nos lábios? Estamos olhando para o amanhecer da mesma forma que o anoitecer? Percebemos essa dádiva que nos foi dada da mesma maneira que procuramos gastar nosso tempo com o que há de mais supérfluo?
A vida é esse paradoxo. Às vezes entendemos, mas nem sempre 0 fazemos. Em muitas oportunidades deixamos de cuidar daquilo que para nós é o que há de mais precioso. Chegamos a pisar, como se fosse um traste, um entulho ali guardado nos recônditos de nosso pensamento.
Mas o tempo é implacável. Ele passa rápido e não fazer o que é preciso hoje pode se tornar uma fria recordação amanhã, quando já não poderemos mais voltar atrás.
É o orgulho de não admitir que estava errado. A maledicência de achar que eras o melhor. A avareza de não dividir o seu tempo com o que há de mais importante. A condição de se permitir viver com esse olhar nefasto e um coração de pedra.
E o tempo? O tempo não vai te perdoar. Ele passará como um trator. E quando finalmente alcançar essa percepção não terá mais nada além da poeira carregada pelos ventos da discórdia que, com tanto rancor, você mesmo semeou.
Postado por Raildon Lucena
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