quinta-feira, 22 de maio de 2008
O brasileiro lê apenas 1,8 livro por ano, segundo dados da Câmara Brasileira do Livro (CBL) divulgados em 2001. Já reportagem da Folha de São Paulo indica que apenas 26 milhões de brasileiros gastam seu tempo com livros, o que representa 30% da população alfabetizada acima de 14 anos.
Para este ano a CBL pretende traçar um novo perfil de leitura do brasileiro, de acordo com o jornal Gazeta Mercantil.
A expectativa é de que esse número melhore, mesmo assim ainda está um universo de distância do ideal. Exemplo? Na França a média é de sete livros, nos EUA de cinco. Já na Alemanha esse índice sobe para 25 livros por ano.
Enquete do jornal paulista mostrava que dentre as principais causas para esse problema estão: família sem hábito de leitura, livros caros, costume de ver mais TV e cinema, ensino precário, falta de programas de incentivo e bibliotecas sucateadas.
Esses são números alarmantes. O estímulo à leitura é básico para a formação de qualquer cidadão. Depende da escola, da família e de políticas públicas de incentivo à leitura.
Essa realidade, infelizmente, também é bem visível em Caicó. Não temos dados concretos, mas basta conversar com alguns jovens para perceber nitidamente como inexiste essa curiosidade pela leitura. Poucos lêem alguma coisa. Vez por outra as obras obrigatórias das provas, quando não pegam a sinopse na Web.
E o que isso gera? Cidadãos desinformados sem capacidade de raciocínio, discernimento e argumentação. O que é realmente preocupante.
Diante do exposto, o Bocas Miúdas pergunta: você também lê menos de dois livros por ano?
Postado por RV
2 Comments:
A questão dos livros é complexa, mas eu acredito que grande empecilho a desenvolvimento da cultura da leitura é preço muito salgado dos livros e inacessibilidade das livrarias. Ora em Moscou eu lia de um a dois livros por mes sem contar a literatura jurídica. No início do ano letivo eu gastava o equivalente dos 200 reais para comprar TODO o conteudo anual da grade curricular. E ia comprando um livrinho aqui uma monografica aculá. Você sabe, que os juristas devem ler um bocado. Bom, aqui 200 reais custa UM Vade Mecum (Junta da Leis importantes) E cada livrinho não sai por menos de 80-100 reais. Depois, quando ninhguem passa na OAB, ficam perguntando por ensino jurídico sendo tão fraquinho no País. É causa e efeito, filho.
Quanto aos outros livros de janeiro até maio eu li apenas 2 (dois) livros, que para meus padrões é uma piada.
Os monopólios das editoras e consequente preço salgado torna o habito de ler, passatempo elitista e perpetua a imbecilidade popular.
Confesso que não... que não leio menos de 2 livros por ano. No entanto, leio muito menos do que poderia e deveria!
A estatística é triste, mas a cadadia descubro que nou brasileiro até a alma, ou melhor, até na falta de leitura!
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