Os brasileiros não conseguem ver a Paraíba com os olhos dos paraibanos

sábado, 22 de novembro de 2008

Acompanhamos desde ontem pelos noticiários de todo o País a manchete: “Governador da Paraíba é cassado por unanimidade pelo TSE”. Como bons consumidores midiáticos que somos, costumamos fazer das personalidades a impressão que a mídia massifica. O caso de Cássio Cunha Lima é emblemático. O norte-riograndense que sou sede espaço agora para o paraibano que em partes me considero e, por isso, permito-me um aparte:


O Brasil vê hoje em Cássio o exemplo a não ser seguido de homem público. A imagem que o brasileiro tem do governador é a do mais corrupto e desonesto político da história recente. Mas já pararam para pensar no que o paraibano pensa de Cássio Cunha Lima? Quem no restante do Brasil ousa conhecer mais seu governador que o próprio povo a quem ele governa? Será que Cássio merece a execração política que está sofrendo dos brasileiros que mal conhecem sua trajetória pública? Será que a cassação de Cássio foi realmente o julgamento mais justo a ser adotado pelos ministros do TSE?

Hoje não estou aqui para emitir juízo de valor. Estou aqui para questionar e duvidar o que muitos têm como certo. Para tanto vou dissertar algumas linhas sobre a trajetória daquele que poucos conhecem, mas que muitos se dão ao luxo de julgar! Afinal, muitos julgam conhecer alguém pela realidade que se apresenta mais fácil, mas é pela história de um ser que se conhece sua essência.

Cássio Cunha Lima é filho do maior político da história democrática da Paraíba, Ronaldo Cunha Lima. Cássio foi prefeito de Campina eleito por três mandatos num intervalo de tempo de apenas 14 anos. Nesse mesmo período, ele ainda foi eleito o deputado federal mais novo da Paraíba e o Superintendente da antiga Sudene.

Em 2002, ele se candidatou ao Governo do Estado e se elegeu pela primeira vez governador. Com quatro anos depois, candidata-se à reeleição contra, na época, o maior líder de oposição do Estado, José Maranhão. Ganhou em segundo turno, quando quase ninguém apostava em sua vitória.

Com um currículo recheado de mandatos, eu pergunto: será esse o mesmo político que muitos denominam o maior ladrão do País na atualidade? Que ladrão é esse, que recebe mais de 1 milhão de votos? Que ladrão é esse que elegeu maioria absoluta na Assembléia? Que ladrão é esse que hoje é o candidato ao Senado com mais chances de ganhar a eleição? Que ladrão é esse...

Ao mesmo tempo me pergunto: como podem sete ministros que mal conhecem a Paraíba julgarem o destino de um Estado em menos de três horas? Como pode a cassação de um paraibano acontecer em uma noite, quando a de um sulista demora seis meses (refiro-me ao governador de Santa Catariana)? Por que o vice-governador de Santa Catarina tem o direito de ser ouvido e o “vice-paraibano” ser fadado a não ter nada para falar?

Para finalizar minha reflexão, quero dizer que as linhas por mim escritas não são frutos de identificação política. Apesar de ter recebido mais de um milhão de votos, Cássio nunca contou com o meu. Sou estudioso em política. Tenho monografia sobre o atual processo de cassação. E apesar de ser norte-riograndense (com orgulho e amor), conheço uma Paraíba que poucos conterrâneos meus conhecem. E a Paraíba que eu conheço é bem diferente da que o restante do Brasil julga conhecer!

6 Comments:

Anônimo said...

É lamentável essa politicagem que nós caicoense somos obrigados a conviver aqui em Caicó. Se não bastasse a compra de votos que todos têm conhecimento que ocorreu aqui em Caicó, durante as eleições municipais, a população caicoense volta a ouvir, pelas ruas da cidade, comentários de que a eleição da Câmara está como se fosse UMA AMPLIAÇÃO da compra de votos que ocorreu durante as eleições passadas. Hoje na feira a BUATARIA era de que UM VOTO para PRESIDENTE DA CÂMARA estaria custando cerca de 40 mil reais. Se isso realmente estiver acontecendo, É hora do povo de Caicó exigir que se dê um basta nessa falcatrua. Quando será que teremos aqui em Caicó, uma imprensa investigativa em relação às falcatruas dessa política com “p” minúsculo aqui de Caicó; Pois o que se vê, é os poucos reportes que tinham uma certa independência, de uma hora pra outra, estão se comportando-se como integrante da IMPRENSA MARROM.

Anônimo said...

Seria importante que o a direção do CAICÓ fosse ao rádio explicar onde o Caicó gastou os 15 mil reais, que a câmara aprovou e o prefeito deu ao Caicó. Ora, se já é um ESCANDALO o PODER PÚBLICO dá o nosso dinheiro público, que é arrecadado quando pagamos os impostos, ao Coríntians para pagar a jogador de futebol, imagine pegar dinheiro público e dar a um time que nem em atividade tá; Quer dizer, falta dinheiro pra tudo no mundo, mas, pra isso sempre se acha um jeitinho de se usar o dinheiro publico. Essas agremiações esportivas caicoenses que outrora, representavam muito pra nossa cidade, hoje serve apenas para ser usadas pelos políticos. Tanto uma, como a outra, ou seja, CAICÓ E CORINTIANS, se resumem hoje a um pequeno grupo que se reúne, forma uma chapa, reúne um pequeno grupo de associados e chamam isso de eleição. Podem prestar a atenção, as eleições do CAICÓ E DO CORINTIANS, que outrora reunia centenas de pessoas, hoje é decida por um pequeno grupo de associados. É triste.

Anônimo said...

Acho que só devemos seguir exemplos, quando eles são positivos. Não é porque uma ruma de prefeitos desastrados por cidades aí afora dão dinheiro público para que times de futebol paguem salário de jogador de futebol, que devamos aceitar que a prefeitura daqui fique dando dinheiro público "a torta de a direita". Em Minas Gerais, tem um prefeito de uma cidade que ainda hoje, responde processo na justiça, por ter dado dinheiro público a time de futebol. A gente paga imposto para que esse dinheiro seja empregado em algo de futuro, e que volte em nosso beneficio e não coisas supérfluas.

Anônimo said...

O problema, quando eu cheguei em Campina Grande na noite em que Cassio Cunha Lima foi cassado, a cidade estava em festa. Ou CG não fica na Paraiba? Outra coisa, problema dos outros é problema dos outros, no caso do governador de Santa Catarina. Mas o governador de Paraiba foi condenado por crimes eleitorais de 2006 e na próxima eleição ele estará de volta. Quanto ao ladrão de um milhão de votos, conhecendo Paraiba, vc se espanta como o Cassio Cunha Lima não é ladrão de dois milhões de votos. Paraibano é "paraiba" mesmo. Quem digna-se a visitar este estado brasileiro pensa que chegou ao Rio Grande do Norte lá pelo ano de 1991. Triste, mas é assim.
Vassili

Anônimo said...

O G6, que é o grupo dos seis vereadores aqui de Caicó, que se reuniram na semana passada, resolveram apresentar a sociedade caicoense algumas metas para serem emplementadas, caso esse grupo obtenha sucesso na eleição para a nova Mesa Dirtora da Camara Municipal de Caicó. Segundo o grupo, essas metas visam atingir a uma moralização para a Camara Municipal de Caicó, a qual nos últimos tempos, tem sido noticia em vários órgãos de imprensa do RN, devido a inúmeras irregularidades práticas, ao longo do tempo, por várias Mesas Diretoras do Legislativo Caicoense. No entanto, o que mais se extranha nisso tudo é que a principal "mazela" que ocorre na Camara não foi incluída entre as transformações propostas por esse grupo, que é justamente, a questão da ilegalidade de da grande maioria de dos funcionários da Camara. No início da década de 90, o Ministéio Público determinou a realização do concurso e até hoje não foi feito. Essa mazela tem que ter um fim.

Anônimo said...

Por que será que a imprensa não precionou o árbrito do jogo PORTUGUESA E FLAMENGO, naquele jogo o jogador Ronaldo Argelim, fez um gol de mão, porém o juiz não foi punido, parece que está avendo DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS. Isso é uma vergonha para a imprensa do Rio, quem querem que os juizes marquem tudo a favor desses times do Rio, e contra os demais times. Os juizes na dúvida vão marcar para esses times do RIO. E o pior é que a imprensa aqui do Nordeste acha muito bonito acompanhar essa forma de precionar os juizes. É uma vergonha essa imprensa esportiva aqui do Nordeste. Ao invés de engrandecer o nosso futebol, fica é procurando imitar esses locutores do Rio, gente vamos dar apoio ao nosso futebol, e não ficar fazendo o jogo desses timecos do RIO. Isso é muito triste, quando será que a imprensa daqui vai preferir dar mais valor ao nosso futebol, e deixar de lado esses timecos do RIO;