terça-feira, 1 de abril de 2008
A chuva vem, a água escorre nos rios e até onde não tem mais rio. Ele estava lá primeiro! Veio uma pessoa e construiu uma casa... duas, três... Achavam que o rio não subia mais. Falta de viagra no céu?
O rio, que achavam que podia ser descartado, voltou à ativa. E um novo cenário: ruas alagadas, casas invadidas, famílias desabrigadas. O espetáculo da natureza agora é o flagelo do homem, a noite sem sono e com medo.
Noutro dia, o café com fofoca destaca: “a culpa é do Prefeito!”. Você concorda?
Mas permita que eu discorde: Como a culpa pode ser do prefeito? As casas foram erguidas nos últimos quatro anos? E se for do prefeito, será de qual deles? E as árvores distribuídas, você plantou quantas? Se não recebeu, nunca soube fazer uma muda?
Ou melhor, você já parou para perceber as conseqüências de uma árvore arrancada? Arrancou a árvore porque sujava sua calçada, ou escondia a luz do poste ou tinha medo que um tarado se escondesse atrás dela? Ou ela não dava dinheiro ainda?
O terreno que você comprou perto do rio, deve ter sido até mais barato do que outro em uma parte mais alta. Mas os móveis e eletros que a água batizou e que você suou pra pagar, valeu a pena economizar? Ou você invadiu a área do rio? E se invadissem sua casa, seu quarto, sua mulher?
É fácil falar que a culpa é do Prefeito. Mas espere um pouco! Quem administra sua casa e quem orienta sua mulher? Ele quem deveria aparar a água que escorria da torneira que ficou ligada enquanto você se olha no espelho do banheiro, e depois aguar a planta, para que ela não morresse, o terreno não cedesse e o rio não assoreasse?
Se a rua está esburacada, o esgoto estourado e falta saneamento, aí sim, são
outros quinhentos: culpa da caneta. Mas se você não tem condições de administrar sua própria casa e escolher o melhor e mais seguro para sua família, tenha a Santa Paciência!
Até a formiga sabe onde fazer o abrigo dela! E dizem que ela é irracional! Ou ela não tem prefeito pra por a culpa?
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O rio, que achavam que podia ser descartado, voltou à ativa. E um novo cenário: ruas alagadas, casas invadidas, famílias desabrigadas. O espetáculo da natureza agora é o flagelo do homem, a noite sem sono e com medo.
Noutro dia, o café com fofoca destaca: “a culpa é do Prefeito!”. Você concorda?
Mas permita que eu discorde: Como a culpa pode ser do prefeito? As casas foram erguidas nos últimos quatro anos? E se for do prefeito, será de qual deles? E as árvores distribuídas, você plantou quantas? Se não recebeu, nunca soube fazer uma muda?
Ou melhor, você já parou para perceber as conseqüências de uma árvore arrancada? Arrancou a árvore porque sujava sua calçada, ou escondia a luz do poste ou tinha medo que um tarado se escondesse atrás dela? Ou ela não dava dinheiro ainda?
O terreno que você comprou perto do rio, deve ter sido até mais barato do que outro em uma parte mais alta. Mas os móveis e eletros que a água batizou e que você suou pra pagar, valeu a pena economizar? Ou você invadiu a área do rio? E se invadissem sua casa, seu quarto, sua mulher?
É fácil falar que a culpa é do Prefeito. Mas espere um pouco! Quem administra sua casa e quem orienta sua mulher? Ele quem deveria aparar a água que escorria da torneira que ficou ligada enquanto você se olha no espelho do banheiro, e depois aguar a planta, para que ela não morresse, o terreno não cedesse e o rio não assoreasse?
Se a rua está esburacada, o esgoto estourado e falta saneamento, aí sim, são

Até a formiga sabe onde fazer o abrigo dela! E dizem que ela é irracional! Ou ela não tem prefeito pra por a culpa?
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Por Diego Vale
Foto do rio: Gustavo Nóbrega
1 Comment:
Diego, seu comentário dispensa comentário..
Parabéns!
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